Executivo da Stellantis é eleito novo presidente da Anfavea

Novo presidente acredita na “resposta rápida” da indústria automobilística e falou sobre inflação, juros e eletrificação

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos do país, nomeou hoje Márcio de Lima Leite como novo presidente da entidade. Em uma cerimônia com mais de 100 jornalistas e executivos da indústria, o executivo falou sobre os desafios do setor automotivo especialmente a inflação, juros e a desindustrialização. Além de Leite, tomaram posse Marina Willisch como 1ª Vice-Presidente, Gustavo Bonini como Vice-Presidente Tesoureiro e Antônio Calcagnotto como Vice-Presidente Secretário. Leite tem 51 anos e ocupa o cargo de Vice-Presidente de Assuntos Jurídicos, Tributários e de Relações Institucionais da Stellantis na América do Sul e sucede o agora ex-presidente Luiz Carlos Moraes. 

Em um cenário de dificuldades no momento pós pandemia com inflação, altas taxas de juros e cenário político incerto, Leite comentou que a Anfavea não tem preferências políticas mas defende a competitvidade da indústria. “Não apoiamos candidato A ou B mas defendemos o ecossistema complexo que é a indústria automobilística considerando que somos um país em desenvolvimento”, disse durante a cerimônia que teve a presença do Farol da Bahia, um dos poucos veículos do nordeste presentes no encontro

O novo presidente destacou os desafios da economia no país e admitiu a pressão inflacionária sobre o processo produtivo e a falta de componentes que é uma realidade. 

“Temos um envelhecimento da frota. É hora de renovação da frota, acreditamos na inspeção veicular que vai fomentar a indústria. A pressão inflação é um fenômeno global mas não deve durar muito tempo. Assim como os juros. Impensável termos uma taxa de 27% ao ano daquele que demanda crédito. Estamos afastando o consumidor do primeiro carro e da renovação”, destacou o novo presidente da Anfavea.

Eletrificação é realidade de acordo com a realidade de cada país 

Questionado sobre a transição dos carros a combustão para os modelos elétricos Márcio de Lima Leite admitiu que se trata de uma realidade mas que deve se atentar a realidade de cada país. “a nossa tecnologia híbrida e a realidade do etanol deve ser trabalhada com olhar atento, ela é fantástica, interessante e não deve ser olhada com certo ‘atraso’ em relação a eletrificação”.

Desindustrialização e novas marcas presentes 

O executivo não comentou muitos casos específicos de montadoras que deixaram o país. Mas chegou a falar do caso específico da Ford que fechou suas fábricas em Camaçari/BA e Taubaté/SP em janeiro de 2021. “A Ford continua presente de forma muito revelante. Outras Montadoras estão chegando. Não devemos olhar montadora como montagem de veículo. Eu entendo que esse ecossistema é um combinado de inteligência e competitividade para o país.”. Leite falou em sentido geral de fábricas que estão chegando como é o caso da BYD como importadora e fabricante de insumos para o setor de abastecimento elétrico como placas fotovoltaicas e também a Great Wall Motors.


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