Renault Duster: tudo sobre o novo SUV com motor turbo 1.3 - pontos positivos e negativos

SUV da Renault é bom em desempenho mas deve muitos equipamentos que os concorrentes já tem

O Renault Duster chegou a liderar o segmento de SUVs compactos no país incomodando o então líder, o já falecido Ford Ecosport. Mas isso foi nos idos de 2012 a 2014 quando ele tinha o motor 1.6 ou 2.0 que chegou a ter até versão 4x4. Com a chegada do Jeep Renegade ele nunca mais foi o mesmo e hoje com mais de uma dezena de opções o Renault Duster nunca mais encostou nos líderes. Mesmo em 2020, quando recebeu uma nova geração, ele não cresceu nas vendas pois tinha perdido seu maior apelo da época do lançamento: o preço baixo. Porém ao introduzir o motor 1.3 turbo na linha do Duster a Renault deu um salto de qualidade para um produto que tinha conforto, robustez e preço que não é exatamente uma pechincha mas se trata do mais potente que o consumidor pode comprar por esse preço. 

 

Se faltava o desempenho agora não falta mais. Agora com 162/170cv e 27,5kgfm de torque isso foi superado. Assim, o Farol da Bahia avaliou o novo Duster Iconic equipado com motor 1.3 TCe desenvolvido em parceria com a Mercedes Benz para descobrir seus pontos positivos e negativos.

 

O visual segue a mesma proposta do carro que chegou em fevereiro de 2020: acessórios externos como rack, reforços nos novos para-choques, frisos, moldura de caixas de roda é um interior bem mais moderno. Convivemos uma semana com um Renault que finalmente chamou a atenção pelas mudanças e curiosamente sua melhor alteração ficou dentro do capô. 

 

O Duster turbinado tem um dos motores mais modernos usados na linha Renault na Europa em diversos modelos bem como a Mercedes-Benz. Para não pagar caro em um Classe A, CLA, GLA e GLB, o consumidor terá um carro fora da linha premium mas com desempenho notável. O motor 1.3 usa turbina de 250bar que lhe dá um desempenho divertido e equilibrado. O câmbio CVT foi reprogramado e perdeu o delay inicial, o que foi outro ponto positivo. Com centro de gravidade mais baixo o motor é mais equilibrado e traz modernas soluções de redução do atrito. Até a suspensão perdeu aquele “molejo” e agora traz um conjunto mais firme, mesma sensação que tivemos ao guiar a nova Oroch com o mesmo motor. Mas se o leitor achou esses pontos técnicos demais vamos adiante. 

 

Equipado com alguns poréns 

 

Além do novo painel, o Duster Iconic ganhou uma lista mais generosa de equipamentos. Mas aí cabe um porém. Apesar da lista esperada de itens como abertura e travamento de portas por aproximação, câmera de ré, sensor crepuscular, alerta de ponto cego e até câmera 360° o Duster traz alguns deslizes. A multimídia ainda usa conexão por fio para Android e Apple CarPlay e não há sistema de frenagem automático ou controle de Cruzeiro adaptativo que está aparecendo em alguns concorrentes assim como painel digital de alta resolução, carregador de celular por indução e maior conectividade na própria multimídia que é um pouco confusa e se desconecta com facilidade. 

 

O consumo foi condizente com o desempenho do carro marcando 8km por litro na cidade e 9,2km na estrada com etanol. Vale o destaque que rodamos pouco mais de mil quilômetros com o carro com cinco pessoas a bordo em todos os trechos. Falando em carga, destaque fica para o porta malas de 475 litros, maior da categoria e digno do volume de alguns SUVs médios. O entre-eixos de 2,67m é suficiente mas poderia ser um pouco mais generoso na distribuição do espaço. Os bancos são amplos e acabam “roubando” um pouco da amplitude da cabine. 

 

A versão avaliada foi a Iconic topo de linha que tem preço de R$ 135,5 mil, certamente bem mais cara que a versão 1.6 que parte de R$ 100 mil. Mas vale destacar que o motor 1.3 turbo vem importado o que certamente encarece e muito seu custo de produção. O Duster custa algo como R$ 6 mil a menos que o Captur que tem desenho mais fluido e alinhado com os Renault europeus e assim a marca diversifica suas propostas. 

 

Diante dos concorrentes turbinados do Duster 1.3 TCe estão versões topo de linha do Jeep Renegade 1.3 turbo, Chevrolet Tracker 1.2 turbo, Volkswagen T-Cross 1.4 TSi e o próprio Renault Captur 1.3 TCe além do Caoa Chery Tiggo 5X Pro 1.5 turbo, Citroën C4 Cactus 1.6 THP e Peugeot 2008 1.6 THP, o Renault vai entregar a melhor relação peso potência com o melhor e mais equilibrado desempenho do segmento. E nem citamos os demais concorrentes com motor 1.0 turbo como Hyundai Creta, o Tracker 1.0 turbo, Caoa Chery Tiggo 3X e os modelos aspirados 1.6. Mesmo com alguns equipamentos a menos será uma compra interessante nesta classe de produto tão concorrida e sempre cheia de novidades. 

 

Pontos positivos 

  • Design atualizado
  • Conforto de rodagem acima do esperado 
  • Suspensão robusta 
  • Melhor porta malas da categoria 
  • Excelente desempenho com seus 170cv

 

Pontos negativos 

  • acabamento com excesso de plástico 
  • Faltam equipamentos que os concorrentes já oferecem como farois em LED, câmera de boa resolução, controle de modos de condução etc 
  • Multimídia não tem espelhamento sem fio e trava muitas vezes 
  • Consumo

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