Exercícios de fisioterapia podem ser aliados no controle da asma

Sintomas como falta de ar, cansaço no tórax e tosses secas têm sido recorrentes em meio à pandemia da covid-19. No entanto, quem vive com essas dificuldades respiratórias precisa ter mais cuidados, inclusive, com o auxílio dos profissionais de fisioterapia.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a asma é considerada a 4ª causa de internação no Brasil, levando a quase duas mil mortes anualmente. Para evitar complicações da asma, a fisioterapia pode ser uma grande aliada, conforme conta o fisioterapeuta e mestre em Medicina e Saúde Humana, Vinícius Afonso Gomes.

“No paciente que tem asma, mas não está em crise, podemos fazer treinamento muscular inspiratório, que é uma técnica na qual a gente utiliza um dispositivo e gera uma resistência para os músculos respiratórios”, explicou o especialista. 

Já para casos graves da asma, o especialista ressalta que são evitados exercícios que gerem um condicionamento maior.

“Não é aconselhável fazer nenhum tipo de conduta ativa, ou seja, não vou exercitar ele, não vou colocá-lo para caminhar, fazer treinamento, pelo contrário; a gente precisa dar repouso. Mas esse repouso pode vir com um posicionamento, porque o posicionamento é fundamental para uma boa respiração. Caso esse paciente apresente secreção nas vias aéreas, a fisioterapia tem uma série de técnicas que auxiliam a remoção de secreção, e tem também um dispositivo que a gente usa muito chamado ventilação não-invasiva, que é como se fosse um respirador mecânico, só que o paciente não precisa ser entubado”, pontua Vinícius.

Sobre os cuidados preventivos para as pessoas que têm asma diante da pandemia, o fisioterapeuta destaca que o cumprimento dos protocolos sanitários, como uso de máscara e higienização das mãos, devem ser redobrados. Ele também aconselha que os asmáticos evitem contato com substâncias que possam provocar alergias, como poeira e ácaro.

“É um cuidado redobrado, triplicado, que a pessoa precisa ter. Não só com a contaminação, mas com a exposição aos alérgenos. É buscar, nesse momento, ao máximo, fugir deles”, completou.