Exército russo ordena que militares ucranianos deixem Mariupol
Segundo o coronel-general russo, Mikhail Mizintsev, a primeira fase da “proposta” é a instalação de um cessar-fogo na área
O Exército da Rússia ordenou que forças da Ucrânia que resistem em defesa de Mariupol, cenário de intensos combates desde o início da invasão russa ao país, há mais de um mês, deixem a cidade.
De acordo com o chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Federação Russa, coronel-general Mikhail Mizintsev, a primeira fase da “proposta” russa é a instalação de um cessar-fogo completo na área, a partir 6h da manhã da última terça-feira (2), pelo horário local.
Em seguida, todos os integrantes de forças de defesa, incluindo do Exército e paramilitares, devem “entregar as armas e sair pela rota acertada com o lado ucraniano na direção de Zaporíjia até áreas controladas por Kiev”, o que ocorreria a partir das dez da manhã, no horário local.
"Todos aqueles que entregarem suas armas terão garantida a preservação de suas vidas", disse Mizintsev, citado pela Interfax.
Segundo o site Liveuamap, que analisa os avanços no campo de combate, somente as áreas na região central de Mariupol ainda não estão sob controle russo, uma resistência que é cosiderada “sem sentido” para Mizintsev.
Apenas na segunda-feira (4), foram registrados oito ataques com mísseis na região. A Câmara Municipal da cidade destacou, em publicação em redes sociais, que as forças russas apoiam agora um prefeito autoproclamado e que está colaborando com os representantes de Moscou.
Em entrevista coletiva, o representante do Exército russo disse esperar que a Turquia, país que possui bom trânsito com os dois lados no conflito, convença as forças ucranianas em Mariupol a aceitarem as propostas para a retirada e a deposição das armas. Até o momento, Ancara não respondeu, assim como o governo ucraniano e comandantes das milícias e batalhões presentes em Mariupol.