Com viagem marcada para Europa, o presidente Luiz Inácio da Silva (PT) pode causar um mal-estar entre certas diplomacias do continente por conta de sua posição em relação à guerra na Ucrânia. De acordo com a coluna de Jamil Chade, do portal UOL, a declaração do petista na China e nos Emirados Árabes Unidos, equiparando o comportamento de russos e ucranianos na guerra, tem sido vista na Europa como uma vontade do governo brasileiro de assumir uma postura independente diante da crise.

As principais capitais europeias entendem a proposta de Lula de criar um grupo de países que possam servir como facilitadores de um diálogo. No entanto, foi recebida com insatisfação a declaração de Lula de que europeus, juntos com os americanos, estariam contribuindo para a prolongação da guerra ao apoiar Kiev, inclusive militarmente.

Lula viaja para Portugal e Espanha a partir da próxima sexta-feira (21). A viagem, segundo a coluna, deveria ser o restabelecimento de uma relação positiva com o continente.