“Falar é fácil”, diz ministro da Justiça sobre Flávio Dino

Declaração foi feita após apoiadores de Lula afirmar que Torres foi omisso nas tratativas para a segurança da posse do petista

Por Da Redação
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“Falar é fácil”, diz ministro da Justiça sobre Flávio Dino

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Após apoiadores do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmarem que Anderson Torres foi omisso nas tratativas para a segurança da posse do petista, o ministro da Justiça e Segurança Pública rebateu destacando que o futuro chefe da pasta, Flávio Dino, "vive um momento de pedra".

"Dia 1º o jogo vira e ele passa a ser vidraça”, afirmou Torres, em seus últimos dias no cargo, durante entrevista à coluna Na Mira do portal Metrópoles, nessa quarta-feira (28).

Com as recentes investidas na capital federal, como a tentativa de invasão à sede da PF e a bomba encontrada próximo ao aeroporto de Brasília, pessoas ligadas ao futuro governo Lula levantaram questionamentos sobre a atual gestão do MJSP. Além disso, Torres tem sido criticado por se ausentar das reuniões sobre a segurança da posse presidencial.

O ministro, no entanto, negou a omissão. “O processo de segurança da posse está sendo tratado pela equipe de transição e a segurança é responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do DF. Os órgãos federais estão envolvidos de acordo com a sua atribuição. Estamos atendendo a todos os pedidos da equipe de transição. Segurança pública não é uma ciência exata, mas acredito em uma posse tranquila e segura. Qualquer fato que ocorra, temos certeza de que as forças estão preparadas”, disse.

Torres também fez um balanço dos dois anos que atuou à frente da pasta. “Estamos entregando grandes resultados, avanço na diminuição de crimes no Brasil. Queda no número de homicídios, recorde na apreensão de drogas, em operações integradas. Avançamos na questão humanitária, em conjunto com outros ministérios, sobretudo na questão dos venezuelanos, haitianos, afegãos”, destacou.

O ministro citou, ainda, que se reuniu com Flávio Dino e garantiu que “não tem problemas” com o futuro ministro. “Ele vai ter que se adequar à liturgia do cargo, à postura de ministro da Justiça. Cabe ao ministro uma série de atribuições, mas não cabe ficar no meio da rua acalmando manifestações. Nosso acompanhamento é feito via Polícia Federal, que também tem o tempo dela para dar a resposta. Damos total autonomia para as investigações. Falar sem o compromisso da caneta é muito fácil. Agora, falar com as amarras, com o sigilo, respeitando as instituições, respeitando o tempo da PF e do Judiciário é diferente”, completou.

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