Falha na vigilância permitiu a entrada da variante indiana no Brasil

Um passageiro que estaria contaminado com a variante indiana da Covid-19, desembarcou no sábado (22) de manhã em São Paulo de um voo com origem na Índia.

O homem chegou no sábado à noite e se hospedou num hotel, ao lado do Aeroporto Santos Dumont. Já no domingo ele foi de carro para a cidade do Norte Fluminense e, depois, retornou para a capital na segunda-feira, onde voltou a se hospedar, em isolamento. O homem investigado circulou por três cidades durante dois dias, entrando em contato com com dezenas de pessoas. 

Tudo aconteceu devido uma falha na vigilância. Depois de fazer um exame RT-PCR no laboratório da Anvisa, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, ele recebeu autorização para embarque em um outro voo até o Rio, antes mesmo do resultado da análise sair. Foi constatado que o teste dele era positivo apenas quando ele já estava na cidade.

A Secretaria estadual de Saúde afirmou só no domingo obteve informações sobre o caso suspeito, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, de São Paulo, que teria dito que o homem não informou à Anvisa sobre a suspeita de Covid.

A Anvisa disse que o homem viajou com um resultado negativo de RT-PCR, e só deu positivo na segunda testagem no Brasil. A Fiocruz já recebeu as amostras coletadas do homem, e vai fazer o sequenciamento genético para descobrir se o morador de Campos foi infectado pela variante.

De acordo com a pasta, os passageiros do voo, que residem no Rio, já teriam sido identificados e orientados a fazer isolamento por 14 dias. Eles são acompanhados por equipes das vigilâncias sanitárias de seus municípios.