Família de traficante 'Peixão' é detida pela PRF tentando deixar o país com fortuna em joias
A mulher, os filhos e o sobrinho do traficante vão responder por lavagem de dinheiro, ocultação de bens e organização criminosa

Foto: Reprodução/PRF
A mulher, os 3 filhos e o sobrinho do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o 'Peixão', de 38 anos, - chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) e um dos criminosos mais procurados pela polícia do Rio - foram detidos enquanto seguiam para a Bolívia com uma fortuna em joias, nesta segunda-feira (8). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o setor de inteligência recebeu informações de que o traficante poderia estar no comboio, mas ele não foi encontrado.
A abordagem aconteceu na BR-262, em Campo Grande (MS). As equipes da PRF foram acionadas pela Polícia Civil, a partir das 12h, para abordar dois veículos que seguiam de Campo Grande com destino a Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Os familiares foram levados para a Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, prestaram depoimento e foram liberados. Eles vão responder por lavagem de dinheiro, ocultação de bens e organização criminosa.
O delegado e secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, contou ao G1 que o Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) já estava monitorando os deslocamentos de Álvaro e da família. "Acionamos a PRF para realizar a abordagem porque havia uma grande possibilidade de ele estar no veículo. A investigação continua [para encontrá-lo].
Uma fortuna em joias foi apreendida com o grupo. Muitas delas estavam com marcas da quadrilha que controla o chamado Complexo de Israel, formado pelos bairros de Parada de Lucas, Vigário Geral, Cordovil, Cidade Alta e parte de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. Um grosso cordão de ouro trazia uma estrela de Davi logo acima do medalhão, com a inscrição "Israel Defense Force".
Durante a fiscalização, os motoristas disseram ter sido contratados por um conhecido, que mora na Bolívia, para realizarem o transporte dos passageiros do Rio até Corumbá. Eles contaram ter ido de avião até a capital fluminense, onde pernoitaram e seguiram para o Mato Grosso do Sul. O sobrinho do traficante afirmou ser o dono dos materiais.


