Famílias ribeirinhas do Pantanal sobrevivem de doações após incêndio de 2020
Cerca de 4 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo

Foto: Fabiano Maisonnave/Folhapress
Famílias da comunidade ribeirinha de Barra de São Lourenço, localizada no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, estão dependendo de doações para sobreviver, após a região ser devastada pelas queimadas.
Antes dos incêndios, as famílias ribeirinhas sobreviviam através da pesca, agricultura e coleta de isca viva. Em 2020, no entanto, cerca de 4 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo. Desse modo, houve a perda de 26% do bioma, o que representa uma área maior que a Bélgica, e cerca de 4,6 bilhões de animais foram afetados pelo incêndio e 10 milhões não resistiram.
No Mato Grosso do Sul, 1,7 milhões de hectares foram queimados. No Mato Grosso, a perda foi de 2,2 milhões de hectares.
Conforme os cientistas, a região ainda não se recuperou da catástrofe e corre o risco de revive-la em uma escala pior. Tendo em vista que há previsão de estiagem neste inverno, devido a poucas chuvas, além da crise hídrica que o país vêm enfrentando.
A fim de evitar a situação, o secretário estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, afirma que até o momento não houve envio de recursos por parte do Governo Federal. O titular da pasta ainda disse que encaminhou uma proposta de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Ibama e o Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF), mas que ainda não obteve resposta.
O bioma do Pantanal é protegido pelo Governo Federal, através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e dois governos estaduais.