Há muitas opções de SUVs compactos turbinados no mercado especialmente aqueles equipados com motor 1.0 litro. Neste segmento o destaque nas vendas fica para o Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross que alternam a liderança nas vendas. Há modelos que brigam pela atenção do consumidor como o Hyundai Creta, que vende ainda mais desde sua radical transformação, além do Caoa Chery Tiggo 3X, Volkswagen Nivus e o estreante Fiat Pulse. 

No caso do Creta a mudança radical de estilo e conteúdo segue a escola mundial da marca. O Farol da Bahia avaliou a versão Limited, que é a intermediária do Creta vendida por R$ 126.490,00. 

Tudo começa pelo visual polêmico e disruptivo para dizer o mínimo. A dianteira com farois embutidos mescla luzes diurnas em LED com farois do tipo projetor halógenos, algo que não combina em um modelo tão arrojado. Na traseira, as lanternas em LED apontam em várias direções enquanto na lateral a cobertura prateada da coluna C até a entrada da coluna A dão ares de sofisticação. 

Motor ágil na cidade e um pouco na estrada 

O motor é um dos trunfos do Creta. Apesar de repetir o que é oferecido no HB20. É o três cilindros TGDI turbo com injeção direta de 120cv e 17,5kgfm de torque disponíveis já a partir das 1500rpm. E o rendimento é interessante mesmo com seus 1.270kg. Ágil,no Creta acelera com silêncio e o motor só é notado em rotações mais altas (e o capô sequer conta com manta acústica mas usa bom sistema de coxins de fixação do motor à carroceria). A aceleração de 0-100km/h é feita em 10,6s e a retomada é feita sem trancos usando o câmbio automático de seis marchas. 

Somente no modo manual é que o câmbio nem sempre responde a contento. Geralmente o modo manual “cai” e muda rapidamente de marcha lembrando que o ideal é só deixar no drive. Além dos 120km/h explorando só um pouco o limite do carro é que o Creta mostra sua esperada limitação de potência. 

A suspensão é macia e de longo curso. Isso facilita o uso diário e permite conforto para viajar lembrando que o Creta é um dos modelos mais amplos do segmento. Tem 420litros de porta-malas, 4,30m de comprimento, 2,61m de entre eixos e 1,63m de altura. 

Equipado na versão intermediária 

Saindo da motorização, outro ponto positivo do carro é a lista de equipamentos. Há multimídia de 8 polegadas com Apple CarPlay e Android Auto e espelhamento sem fio, ar condicionado digital automático, rodas aro 17, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro, farois de neblina, shift paddle para trocas manuais atras do volante, partida por botão e chave presencial com alarme e retrovisores com rebatimento elétrico. 

Além disso, controles de tração e estabilidade, seis airbags, assistente de partida em rampas e acendimento automático dos faróis compõem o pacote da versão Limited. Para se ter uma ideia, para acrescentar teto solar e câmera 360° além de bancos em couro, o consumidor vai precisar desembolsar quase R$ 20 mil a mais pela versão Platinum. 

Ponto de elogio também fica por conta do espaço interno. O porta-malas é amplo e a cabine É bem aproveitada mesmo com entre-eixos curto. Os passageiros elogiaram a saída de ar condicionado e o ponto adicional de USB (no total há três pontos de carga além do carregador por indução). 

Boa compra com atenção ao Valor  

O Creta Limited é bem competente na sua proposta e apesar do preço elevado ele está mais próximo de versões mais equipadas do Chevrolet Tracker 1.0 turbo, Volkswagen Nivus e T-Cross 200TSi, Caoa Chery Tiggo 3X 1.0 turbo e também modelos com motor 1.6 aspirado como Citroën C4 Cactus, Peugeot 2008 e Renault Duster. O Creta tem a vantagem dos cinco anos de garantia e as seis primeiras revisões custam R$ 5.500. Entre os modelos turbinados mil cilindradas o Creta se destaca pela direção ágil, espaço e itens de série.