Felipe Neto deve depor em delegacia no Rio nesta quinta (18)
Influenciador também pode enviar uma petição através de advogado
Foto: Reprodução
O youtuber Felipe Neto deve depor nesta quinta-feira (18) na Delegacia de Repressão aos Crimes e Informática do Rio de Janeiro. Ele foi intimado para ser ouvido sobre suposto crime previsto na Lei de Segurança Nacional.
De acordo com o delegado, Pablo Sartori, o mesmo que já indiciou o influenciador digital por corrupção de menores, Felipe pode ir pessoalmente ou enviar uma petição através de seu advogado.
O youtuber afirmou que a convocação foi feita depois dele chamar o presidente Jair Bolsonaro de "genocida", ao se referir sobre o contexto federal na pandemia de Covid-19, em uma rede social.
"Trouxeram intimação para que eu compareça e responda por crime contra a segurança nacional, porque chamei Jair Bolsonaro de genocida. Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado que me indiciou por 'corrupção de menores'", escreveu Felipe, citando o vereador carioca e filho do presidente.
"Eles querem que eu tenha medo, que eu tema o poder dos governantes. Já disse e repito: um governo deve temer seu povo, nunca o contrário. Carlos Bolsonaro, você não me assusta com seu autoritarismo", continuou o youtuber.
1) Um carro da polícia acaba de vir na minha casa.
— Felipe Neto (@felipeneto) March 15, 2021
Trouxeram intimação p/ q eu compareça e responda por
CRIME CONTRA SEGURANÇA NACIONAL
Pq chamei Jair Bolsonaro de genocida.
Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado q me indiciou por "corrupção de menores".
Sim, é isso mesmo. pic.twitter.com/nhMugYfc8c
Ao G1, o delegado do caso explicou que a instalação do procedimento foi um pedido de Carlos Bolsonaro para o pai. "Foi uma petição pedindo a instalação do procedimento porque parece que o Felipe Neto teria chamado o presidente de genocida, e aí se enquadraria nessa Lei de Segurança Nacional, conforme o entendimento mais recente no STF. [...] A petição, quem fez o pedido da investigação, foi o Carlos Bolsonaro, mas a vítima é o pai dele, o presidente ", disse.
"E está lá, especificamente: ofender o presidente da República. Então, tem o enquadramento na Lei de Segurança Nacional esse crime, quando você ofende o presidente da República, que é o caso que foi investigado", afirmou.
