Ficção cristã destaca protagonismo feminino com novo olhar para história de Maria Madalena!

Aos detalhes.

Por Michel Telles
Às

Ficção cristã destaca protagonismo feminino com novo olhar para história de Maria Madalena!

Foto: Div

Filhas da Ira, novo livro de Ronailde Braga Guerra, convida o leitor a percorrer os caminhos da dor humana e da redenção espiritual por meio de uma obra protagonizada por mulheres em busca de cura. A autora combina elementos da ficção histórica com reflexões sobre religiosidade, orgulho e fé em uma publicação com forte base cristã e foco nas figuras femininas que acompanharam a trajetória de Jesus. 

Na trama, o leitor é apresentado a uma controversa Maria Madalena, na Judeia do século I. Vista como prostituta, ela enfrenta a rejeição dos homens, a cobrança das mulheres e a própria culpa, enquanto tenta reencontrar seu valor. Sua relação com Jesus é intensa e conflituosa: em vez de segui-lo em silêncio e submissa, Madalena o confronta, questionando seus milagres e condutas. 

 — Quer me dizer o que te aborrece?
— Não consegue adivinhar? — Ainda olha o horizonte.
— Prefiro ouvir de você.
— Pois bem! — Fita-o. — Me irrita ver que cuida de supostos mortos e não reergue os que beiram a morte, mas ainda vivem!
— E o que acha que houve com a que teve o filho de volta?
— Sabe do que estou falando! — Ergue-se. — Não me venha com jogo de palavras se fazendo de desentendido! [...] (Filhas da Ira, p.18) 

Paralelamente à trama de Madalena, conhecemos uma segunda personagem: Lyana Ahcor. Marcada por um passado de traumas e decepções com a igreja, ela vive um conflito intenso após um acidente com sua filha e a súbita conversão de seu marido. Ateia convicta e presidente da organização AGAD (“Ateus, graças a deus”), ela se vê novamente à beira do abismo — e, no auge do desespero, faz uma oração.  

Em Filhas da Ira, passado e presente se entrelaçam para revelar a força de mulheres que, mesmo feridas, seguem em busca de reconciliação com sua fé e consigo mesmas. O título faz referência direta ao versículo em Tiago 1:20. Além disso, a crítica à distorção do papel feminino nas interpretações religiosas da Bíblia é uma das marcas da narrativa. Com sensibilidade e coragem, a autora entrega uma história de dor, redenção e renascimento. 

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