Fifa tenta negociar liberação de atletas e acena punição entre importantes ligas europeias

Uma briga entre os clubes europeus contra seleções sul-americanas atingiu seu ápice com posição de La Liga e Premier League de não liberar os jogadores para as eliminatórias da Copa. As seleções foram orientadas pela Conmebol a manter as convocações e a Fifa tenta negociar uma saída. No entanto, a entidade acenou punição aos times caso as regras sejam descumpridas. As informações são da coluna Rodrigo Mattos, do UOL. 

A disputa teve início nas modificações nas datas-Fifa das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa por causa da pandemia de Covid-19. Os jogos adiados do início do ano foram combinados para rodadas triplas em setembro e outubro, sugestão que foi contra os clubes europeus, mas foram ignorados. As exceções, no entanto, foram derrubadas pela Fifa.  

A Conmebol instruiu as seleções a manter as convocações e deixou a cargo da Fifa negociar para resolver o impasse. Em carta à entidade, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, deu razão à Conmebol e diz que falaria com associações nacionais e clubes afetados sobre as regras vigentes. E citou "consequências" por não cumprimento da legislação que obriga a liberação.

Em caso do descumprimento, os jogadores não podem atuar durante o período em que deveriam estar liberados. Ou seja, pela regra, não poderiam atuar por seus clubes por 16 dias. Seriam desfalques em 32 times das duas principais ligas da Europa.

Junto a isso, também seria abertos procedimentos disciplinares para punição posterior dos clubes. De acordo com o código disciplinar, há uma ampla possibilidade de penas: de reprimendas a rebaixamento, de multa a perda de pontos, de banimento de transferência a anulação de jogos.

O comitê da Fida teria de tomar a decisão de punição dos clubes das duas ligas. Mas, ao mesmo tempo, se nada for feito, os clubes vão seguir desrespeitando as convocações, o que comprometeria o sustento da Fifa.