Fiocruz quer que vacinas fabricadas no Brasil cheguem a outros países

Diversas nações ainda sofrem com baixa cobertura vacinal ao redor do mundo

Por Da Redação
Ás

Fiocruz quer que vacinas fabricadas no Brasil cheguem a outros países

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Em entrevista divulgada nesta sexta-feira (18), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que trabalha em duas frentes para que vacinas contra Covid-19 produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) possam chegar a outros países. As informações são da Agência Brasil e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Segundo a presidente da fundação, Nísia Trindade Lima, a Fiocruz está em contato com a AstraZeneca e com a Organização Mundial da Saúde para que a vacina Covid-19 recombinante, produzida em Bio-Manguinhos, possa ser utilizada em outros países. 

As baixas coberturas vacinais preocupam ainda as autoridades sanitárias internacionais e cientistas, devido à circulação do vírus entre populações não vacinadas, que pode não só segue fazendo vítimas, como produz diversas variantes.

A produção da vacina no Brasil é resultado de uma parceria da fundação com a farmacêutica europeia, que aconteceu devido à acordos de encomenda tecnológica e transferência de tecnologia.

"No curto prazo, há a possibilidade de a vacina covid-19 recombinante, que é fruto do acordo com a AstraZeneca, poder também ser utilizada do ponto de vista internacional, em outros países. Estamos em um processo para ter a licença de uso emergencial, e isso é necessário junto à Organização Mundial de Saúde. E também estamos em contato com a AstraZeneca para esse objetivo", afirmou Nísia.

Além disso, a presidente da Fiocruz reafirmou que, no longo prazo, pesquisadores de Bio-Manguinhos trabalham no desenvolvimento de uma vacina própria de RNA mensageiro, como é utilizada na da fabricante Pfizer.

"A vacina está em uma fase pré-clínica, e ainda não foram feitos testes com grupos populacionais, como é necessário fazer. Estamos procurando ao máximo acelerar esse processo e, em breve, esperamos ter um cronograma bem definido", afirmou Nísia. "É uma linha menos imediata, mas é igualmente importante, pensando em uma possibilidade de vacinação que venha a ser anual e no apoio aos países do mundo e do nosso continente.", concluiu.

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