Saúde
Novo estudo analisou amostras de 14 estados
FOTO: Reprodução/Pixabay
Testes moleculares conduzidos pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), uma unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelaram um aumento expressivo de coinfecção de dengue e chikungunya em 11%.
Mais de 60 mil diagnósticos foram realizados, utilizando amostras positivas de arboviroses em exames sorológicos (IgM) e moleculares (antígeno e PCR) de 14 estados de todas as regiões do Brasil, incluindo os quatro estados mais populosos: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Os resultados indicam que o número de casos de chikungunya em 2023 é quase sete vezes maior do que no ano anterior. Além disso, em Minas Gerais, os registros de dengue foram três vezes mais numerosos em comparação com o ano anterior.
De acordo com a especialista científica em diagnóstico molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patrícia Alvarez, os testes auxiliam na vigilância genômica e epidemiológica dos casos de arboviroses. “Esses dados são fundamentais para se acompanhar o cenário da distribuição e dos determinantes das doenças, emitindo alertas para as autoridades que devem tomar medidas eficazes de saúde pública”, ressaltou.
Segundo ela, espera-se que, durante os picos de epidemia de arboviroses, exista uma taxa de coinfecção de 2% a 3%. Porém, os números encontrados foram de 11%, sendo muito superiores a essa margem.
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