Flávio Bolsonaro aciona TCU para apurar relação entre INSS e filho do presidente
Representação pede investigação sobre possível favorecimento e falhas de controle na autarquia

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou uma representação ao Tribunal de Contas da União solicitando a apuração de eventuais irregularidades envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o empresário Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O pedido foi protocolado após a divulgação de reportagens que indicam possíveis vínculos entre Lulinha e Antônio Carlos Camilo Antunes, empresário apelidado de “Careca do INSS”, investigado por suspeitas de fraudes contra aposentados e pensionistas.
No documento, o parlamentar requer que o TCU avalie a existência de favorecimento indevido, conflito de interesses e eventual utilização da estrutura administrativa do INSS para fins privados. Também solicita a verificação de falhas de supervisão, omissões por parte de gestores públicos e possível interferência política nas decisões da autarquia.
A representação menciona reportagens e informações oriundas de investigações policiais que, segundo Flávio Bolsonaro, apontariam contatos frequentes entre Lulinha e o empresário investigado, sem justificativa institucional. O texto também faz referência a relatos de repasses financeiros cuja origem não estaria esclarecida.
Embora Lulinha não exerça função pública, o senador sustenta que a relação familiar com o presidente da República exige, segundo ele, maior rigor na fiscalização por parte dos órgãos de controle, com o objetivo de afastar suspeitas de influência indevida sobre a administração pública.
O pedido encaminhado ao TCU inclui a análise de nomeações, convênios, contratos firmados pelo INSS, além de eventuais fragilidades nos sistemas de controle interno e de proteção de dados da autarquia. Flávio Bolsonaro também solicita a realização de auditorias no INSS e no Ministério da Previdência Social e defende a responsabilização de gestores públicos caso sejam identificadas irregularidades.
Até o momento, o Tribunal de Contas da União não informou se decidiu pela abertura de processo a partir da representação.


