Fragmentos do mais antigo calendário maia são encontrados na Guatemala
Fragmentos foram encontrados no sítio arqueológico de San Bartolo, nas selvas do norte do país

Foto: Heather Hurst e David Stuart/Universidade do Texas/Reprodução
Cientistas apresentaram, na quarta-feira (16), evidências de um glifo (espécie de desenho ou gravura) representando um dia chamado "7 Veado" do Calendário Maia, desenhado em um fragmento de mural datado do século 3 a.C.. A peça foi encontrada dentro das ruínas de uma pirâmide no Guatemala e foi definida como a mais antiga referência deste calendário já encontrada.
De acordo com os estudiosos, os fragmentos foram encontrados no sítio arqueológico de San Bartolo, localizado nas selvas do norte da Guatemala, que ficou famoso com a descoberta, em 2001, de uma câmara enterrada com murais coloridos datados de 100 a.C.
O glifo encontrado nos fragmentos do mural para "7 Veado", um dos 260 dias nomeados do calendário, consistia na antiga escrita maia para o número sete sobre o contorno da cabeça de um cervo. As informações são do G1.
A descoberta, publicada na revista Science Advances, teve como o principal autor, David Stuart, que é professor da Universidade do Texas e descreveu s fragmentos encontrados como "dois pequenos pedaços de gesso branco que já foram presos a uma parede de pedra".
"A parede foi intencionalmente destruída pelos antigos Maias quando eles estavam reconstruindo seus espaços cerimoniais – e acabou se transformando em uma pirâmide. As duas peças se encaixam e têm caligrafia pintada de preto, abrindo com a data '7 Veado'. O resto é difícil de ler", disse Stuart.
Chamado de tzolk'in, o calendário de 260 dias foi um dos vários sistemas maias de contagem de tempo, que funcionavam em conjunto e incluía também um ano solar de 365 dias, além de um sistema maior chamado "Larga Contagem" e um sistema lunar.