Fraude INSS: Wolney Queiroz admite que governo falhou na condução no caso
Ministro da Previdência afirmou que servidores dificultaram a identificação do esquema

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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta sexta-feira (11), durante sabatina no 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, que o Estado brasileiro falhou na condução do caso das fraudes envolvendo descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“O Estado brasileiro falhou porque nunca se fez o batimento daquelas listas de aposentados que autorizavam ser descontados em folha, que as associações remetiam para o INSS. O INSS nunca, na história, conferiu isso. Tomava como verdade os dados das associações”, declarou o ministro.
Apesar de reconhecer a omissão, Queiroz afirmou que identificar a fraude foi um processo complexo.
“As primeiras denúncias datam de 2019 e 2020. A Polícia Federal investigou, o Ministério Público Federal também, e não conseguiram identificar. Não era algo simples. A própria Controladoria-Geral da União (CGU) levou um ano e meio para levantar os dados e deflagrar a Operação Sem Desconto”, explicou.
Ressarcimento às vítimas
A partir desta sexta-feira (11), aposentados e pensionistas prejudicados podem aderir ao acordo para receber os valores referentes aos descontos indevidos.
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O pagamento está previsto para começar em 24 de julho. De acordo com o governo, neste primeiro momento, poderão aderir ao plano de ressarcimento os beneficiários que contestaram os descontos e não receberam resposta das entidades envolvidas.