Fraudes do INSS: PF inicia nova fase de operação e cumpre dois mandados de busca e apreensão em SP
Primeira fase foi cumprida em abril, e levou à demissão de Alessandro Stefanutto

Foto: Reprodução/Rafaneddermeyer/AgênciaBrasil
A Polícia Federal está iniciando a segunda fase da operação que investiga fraudes em descontos de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nesta quarta-feira (14). Segundo a PF, são cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade de Presidente Prudente (SP). A ação foi autorizada pela Justiça Federal no Distrito Federal.
A primeira fase foi cumprida em abril, e levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento do cargo de outros cinco servidores públicos. O Ministério da Previdência também sofreu uma troca de chefia: saiu Carlos Lupi e entrou Wolney Queiroz.
De acordo com a PF e interlocutores ouvidos pela TV Globo, os mandados desta quarta são uma extensão da primeira fase, que tem como objetivo tentar identificar o patrimônio dos investigados que teriam sido ocultados.
Cícero Marcelino de Souza Santos, apontado pela PF como assessor do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, é um dos alvos da operação junto com a esposa e sócia, Ingrid Pikinskeni Morais Santos.
Na primeira fase, a PF informou através de documentos que Carlos Roberto Ferreira Lopes "faz parte de uma trilha financeira suspeita, em que ele é Presidente, a Conafer, que recebeu mais de R$100 milhões do Fundo do RGPS/INSS". Cerca de R$ 812.000,00 foi repassado para ele, que, em seguida, passou para Cícero e Ingrid, além de algumas empresas do casal.