Frente Parlamentar da Agropecuária articula PL de desmatamento zero na Amazônia

Deputado Neri Geller afirma que ajuda do G7 é bem-vinda e pede reconhecimento a produtores que atuam dentro da lei

[Frente Parlamentar da Agropecuária articula PL de desmatamento zero na Amazônia]

FOTO: Divulgação

Parlamentares da Frente Parlamentar (PFA) da Agricultura se reuniram na manhã desta terça-feira (27) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para discutir a confecção e tramitação de um Projeto de Lei (PL) de desmatamento zero na Amazônia, de autoria de José Vitor. À imprensa, após o encontro, o deputado Neri Geller (PP-MT), que integra a PFA, destacou que o texto pede reconhecimento aos agropecuários, “produtores nos limites da lei”, além de punição severa a quem desmata e queima as flores. Também comentou sobre oferta de ajuda do G7 de 20 milhões de dólares ao Brasil, para conter o fogo na região. “Se vir o recurso, não podemos dispensar nenhuma ajuda, seria hipocrisia falar que dá pra dispensar o dinheiro”. 

O PL do desmatamento zero, ressalta Geller, é uma resposta à sociedade sobre a onda de queimadas e incêndios criminosos que assolam a região amazônica, e deve ter prioridade de votação ao longo desta semana no Plenário. “Defendemos que se faça as coisas rigorosamente dentro da lei. Quem desmata e queima, sem licença pelos órgão competentes, tem que ser punido. Quem produz faz com muita competência, basta olharmos paras grandes produções da região Centro-Oeste. Os rios são limpos e sem áreas assoreadas”. 

No entendimento do deputado, a maioria das queimadas acontecem em áreas públicas e pede que não se crie pirotecnia para “prejudicar quem produz de forma sustentável”. “Queremos combater o desmatamento ilegal, mas também valorizar quem está dentro da lei”, afirma Geller. Segundo o parlamentar ruralista, os produtores rurais têm a imagem manchada simplesmente por falta de informação. “Focos de incêndio na Amazônia acontecem em regiões do Acre, Pará, grande maioria em áreas públicas. É importante separar isso. Não tem fogo onde tem a produção. A mesma coisa no Goiás”.

Foto: Agência Brasil 

Geller ainda vê como essencial os recursos oferecidos na segunda-feira pelo G7 – 20 milhões de dólares para combater queimadas na Amazônia, ainda não aceitos pelo governo federal. O deputado, no entanto, acredita que existe um mal entendido na forma como a informação do ministro Onyx Lorenzoni veio à público sobre o recebimento da ajuda. “O que Onyx quis dizer, acredito eu, é que o recurso terá de ser aplicado pelo governo, e não direcionado a ONGs ou para fins ideológicos com esses países. Precisa vir recurso para combater os incêndios e não fazer politicagem. Tem que ser dentro da legalidade”. 


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