Frigoríficos interrompem exportação de carne para os EUA após tarifa de Trump

Setor estima 30 mil toneladas em trânsito e R$ 800 milhões em risco com nova taxação de 50%

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Frigoríficos interrompem exportação de carne para os EUA após tarifa de Trump

Foto: Agência Brasil Frigoríficos brasileiros começaram a suspender a produção de carne bovina destinada aos Estados Unidos após o anúncio de tarifa de 50% sobre o produto, medida adotada pelo governo do presidente Donald Trump. A informação foi confirmada nest

Frigoríficos brasileiros começaram a suspender a produção de carne bovina destinada aos Estados Unidos após o anúncio de tarifa de 50% sobre o produto, medida adotada pelo governo do presidente Donald Trump. A informação foi confirmada nesta terça-feira (15) por Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

“Com essa taxação se torna inviável a exportação de carne bovina aos EUA, que é o nosso segundo maior comprador”, declarou Perosa, destacando preocupação com os carregamentos já enviados. “Temos cerca de 30.000 toneladas que estão no porto ou nas águas. É um volume em torno de 150, 160 milhões de dólares que já estão produzidos e a caminho dos EUA”, explicou.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, os Estados Unidos representam 12% das exportações brasileiras de carne bovina, ficando atrás apenas da China, que compra cerca de 48% da produção destinada ao exterior.

Em Mato Grosso do Sul, frigoríficos confirmaram ao governo estadual e ao Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do estado (Sincadems) que interromperam a produção para o mercado americano, buscando evitar a formação de estoques que não possam ser vendidos após a entrada em vigor da tarifa.

Para o vice-presidente do Sincadems, Alberto Sérgio Capucci, a suspensão das atividades para os EUA é uma medida preventiva diante da nova taxação, prevista para começar em 1º de agosto.

Apesar da preocupação do setor, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que se reuniu com empresários do agronegócio para tratar do tema, afirmou que o governo federal não pretende solicitar o adiamento da tarifa.

O impacto da nova tarifa poderá afetar não apenas os frigoríficos brasileiros, mas também importadores e consumidores nos Estados Unidos, que terão custos mais elevados para adquirir carne bovina. O setor aguarda os próximos desdobramentos enquanto busca alternativas para mitigar as perdas nas exportações.

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