"Fui julgado por um tribunal pressionado", diz Witzel após deixar sessão da CPI
Sessão foi suspensa após Witzel bater boca com Flávio Bolsonaro

Foto: Reprodução | TV Senado
O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pediu para se retirar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta quarta-feira (16) e disse ter sido julgado por um "tribunal pressionado". A sessão foi suspensa baseada em um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o ex-governador de não comparecer na CPI.
"Fui julgado por um tribunal pressionado, com várias investigações envolvendo não somente os deputados estaduais, e esse tribunal de exceção teve deputados escolhidos para um juízo condenatório [ ...] Pedi a CPI uma sessão sob segredo de justiça para que a gente possa aprofundar quem patrocinou o meu impeachment de forma ilícita e só a CPI independente pode investigar. Aguardo mais um convite para que eu possa colaborar para a CPI e avançar nas investigações sobre esses fatos que estão causando a perseguição aos governadores que não estão alinhados com o negacionismo do governo federal", disse o ex-governador em coletiva após deixar a sessão.
Witzel, que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro, disse que preferiu deixar a sessão após ofensas destinadas a ele pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
"Na medida em que começa a haver ofensas, da forma que o senador [Flávio Bolsonaro] se dirigiu a mim - de forma ofensiva, leviana e até mesmo chula -, infelizmente não posso continuar dessa forma. Estou aqui para ser respeitado e respeitar. Até o momento que estávamos conduzindo a sessão de forma civilizada, eu continuei. A partir do momento que ela se tornou uma sessão de xingamentos, como tem acontecido nas redes sociais, eu entendi que seria o melhor encerrar porque tudo o que tinha que se falar, foi falado", completou Witzel.


