Fungo está matando sobreviventes do novo coronavírus na Índia

Casos de mucormicose crescem durante a pior onda da Covid-19

Por Da Redação
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Fungo está matando sobreviventes do novo coronavírus na Índia

Foto: Getty Images

O motorista Srinivas S., 41 anos, está internado no Hospital St John em Bengaluru, na Índia, após ser infectado com mucormicose. Os médicos do hospital precisam remover  pedaços de tecido escurecido e osso podre do rosto dele. O fungo mucormicose é a segunda crise da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, na Índia. Antes da pandemia, a infecção era rara no país, embora fosse cerca de 80 vezes mais comum lá do que nos países desenvolvidos.  

Srinivas S. é um dos mais de 45.000 indianos infectados com a doença desde o início da segunda onda de Covid-19 no país, no final de março deste ano. De acordo com o Ministério da Saúde da Índia, a maioria dos pacientes acometidos pelo fungo, cerca de 85%, já foram infectados pela covid. Em julho, mais de 4.300 pessoas morreram de infecção fúngica.  

A doença é causada por mucormicetes, um tipo de fungo ao qual as pessoas são expostas todos os dias, mas quando o sistema imunológico é afetado pelo novo coronavírus, elas se tornam mais vulneráveis à infecção. O fungo pode causar danos permanentes ao rosto, perda de visão e morte. De acordo com os especialistas, a doença  tem uma taxa de mortalidade de mais de 50%. Além da Índia, um pequeno número de casos foi detectado no Nepal, Afeganistão, Egito e Omã, de acordo com seus respectivos ministérios da saúde. 

Falta de remédios

Especialistas apontam que não existe uma solução rápida para a mucormicose. Os pacientes são submetidos à cirurgia para remover o tecido infectado em um procedimento conhecido como desbridamento. Eles são então tratados com o medicamento antifúngico anfotericina B lipossomal para evitar o ressurgimento da infecção. À medida que o número de casos aumentou em maio, vários estados relataram escassez do medicamento e o Ministério de Produtos Químicos e Fertilizantes da Índia interveio para regulamentar o fornecimento. No início de junho, os médicos do Hospital St John's disseram que ainda estavam sendo forçados a racionar as doses devido à falta de suprimentos. 
 

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