Furnas nega, mas se apresentou à Justiça em 2004 como responsável pela preservação dos reservatórios em MG
Área forma o complexo turístico 'Mar de Minas', com diversas cachoeiras e que gerou o cânios

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um documento enviado à Justiça de Minas Gerais mostra que Furnas Centrais Elétricas se apresenta como responsável pela proteção e reservatórios de suas hidrelétricas, incluindo as áreas de Proteção Permanente (APP) ao redor. O documento foi usado num processo de reintegração de posse dos municípios. As informações são do jornal O GLOBO.
Os advogados da empresa destacam que "a responsabilidade de proteção e conservação entre a proteção e a proteção da reserva agravada (Furnas), enfrentam a previsão de estipulação no contrato de concessão realizado e a União Federal. É notório que embora Furnas tenha natureza privada, podem exercer essencialmente a necessidade pública", diz trecho.
As hidrelétricas e Mascarenhas de Moraes são instaladas no Rio Grande, nas proximidades da Serra da Canastra, onde os reservatórios formam o complexo turístico "Mar de Minas", com diversas cachoeiras e que gerou o cânios.
No sábado (8), uma placa de escarpa se desprendeu e atingiu turistas, deixando 10 pessoas mortas, em Capitólio.
Além de integrarem um mesmo complexo turístico, as hidrelétricas de Furnas e Mascarenhas de Moraes fazem parte do mesmo contrato de assinatura pela Furnas Centrais Elétricas e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2004, além da União.
Porém, em nota ao fornal, o Furnas afirmou que tanto "o paredão quanto a cachoeira estão fora da área para a criação do lago de Furnas".


