Gás aperta orçamento do brasileiros, ao representar quase 10% do salário mínimo
Preço do gás de cozinha atingiu a média de R$ 113,48, patamar mais elevado dos últimos 15 anos

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Cozinhar ficou caro não só pelo aumento no preço dos alimentos, mas principalmente pelo valor do gás de cozinha. O botijão atingiu, em abril, quase 10% do valor do salário mínimo, tornando- se o preço mais alto desde o início deste século.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média de preço do botijão de 13kg do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no Brasil é R$113,48. O valor representa 9,4% do salário mínimo — patamar mais elevado desde 2007, ano em que o GLP custava R$33,06 e o salário mínimo era R$350.
O aumento significativo não é novidade e já vem acontecendo sucessivas vezes nos últimos meses. Especialistas que acompanham os dados apontam um acumulado de cerca de 30% na Bahia nos últimos meses. Considerando o período de um ano, o preço do gás variou, para cima, em 27,5%.
Mesmo alto, o índice da inflação nos últimos doze meses foi quase a metade da variação do preço do gás, atingido 12%, de 2021 a 2022. Os itens da cesta básica, sim, tiveram variação semelhante ao preço do gás. Aumentaram em 28% no último ano. Aliados, os dois têm tornado o ato de cozinhar mais desafiador.