Gilberto faz dois, Bahia vence Atlético-MG de virada e, se afasta do Z-4

Tricolor é dominado na primeira etapa, cresce na segunda, e consegue resultado providencial para escapar da degola

[Gilberto faz dois, Bahia vence Atlético-MG de virada e, se afasta do Z-4]

FOTO: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia conseguiu um triunfo heróico sobre o Atlético-MG noite desta segunda-feira (19). Dominado em boa parte do confronto e com alguns desfalques importantes, o Tricolor conseguiu vencer o time mineiro de virada por 3 a 1,  no estádio de Pituaçu, em Salvador, em confronto válido pela 17ª rodada do Brasileirão. O resultado fez o Tricolor subir para 12ª posição, com 19 pontos somados, enquanto Galo segue em terceiro lugar, com 31 pontos somados.

Dois times entraram em campo nesta primeira etapa, mas apenas um conseguiu jogar bola, e esse time foi o Atlético. Com superioridade abismal de posse de bola, linha de marcação alta, que mal permitia o Bahia chegar ao ataque, o Galo não deixou de ter o jogo em mãos em nenhuma oportunidade. A superioridade técnica e tática passou a ficar mais evidente conforme as chances iam surgindo.

Aos 15 minutos, Keno em jogada individual de fora da área soltou uma bomba, e quase marcou um golaço em Pituaçu, mas a bola passou raspando a trave de Douglas e foi para fora.

Com ofensividade constante, bem no estilo de jogo adotado por Jorge Sampaoli, o Atlético amassava o Bahia no campo de ataque. Para azar do Tricolor, não foi sempre que conseguiu conter o ímpeto ofensivo dos mineiros.

Aos 20 minutos, após cruzamento na área, a bola sobrou para Réver, que ajeitou para Savarino chutar no canto para o fundo das redes de Douglas.

Não é exagero dizer que o Bahia ficou a maior parte do confronto acuado no campo de defesa e apenas olhando o Atlético trocar passes. O time resistiu até onde conseguiu, mas as fragilidades defensivas proporcionavam que o Galo pensasse o jogo e criasse as jogadas de forma bem trabalhada. Os erros de passes do Tricolor desde o campo defensivo, também ajudava no domínio do jogo.

O Atlético vinha tendo algumas oportunidades ao longo do confronto, mas nenhuma tão clara como a que ocorreu aos 18 minutos, quando Savarino recebeu belo lançamento nas costas de Juninho Capixaba, e finalizou com perigo, à direita do gol de Douglas.

No minuto seguinte, o Galo teve outra boa chance de ampliar o marcador. Keno avançou em velocidade com a bola no pé, invadiu a área e chutou cruzado, mas pela linha de fundo.

Para não dizer que o Bahia não vinha tendo nenhuma oportunidade na segunda etapa, aos 20 minutos, Gregore arriscou um chute forte de fora da área, mas a bola passou por cima do travessão de Everson.

Se com a bola no pé estava difícil para o Tricolor, o jeito foi tentar resolver na bola parada. Aos 23 minutos, em cobrança de falta, Gilberto acertou um chute forte para o gol, Everson espalmou e a bola sobrou para Gregore, que de cabeça, ajeitou para Daniel empurrar para o gol e igualar o duelo.

O gol deu uma luz e vontade tão grande para o Bahia, que o time esteve perto de conseguir a virada.

Aos 27 minutos, Gilberto foi lançado em velocidade, pegou a defesa desarrumada e tocou rasteiro para Marco Antônio, que cara cara com Everson, chutou para o gol, e o goleiro precisou fazer um milagre e evitar o gol, jogando para escanteio.

Crescendo na partida após ter anotado o gol de empate, o Bahia conseguiu virar o placar em um vacilo da defesa do Atlético.

Aos 34 minutos, Guga tentou recuar a bola para defesa, errou o passe, Gilberto dominou, avançou em velocidade, passou por Everson, deixou Igor Rabelo no chão, e marcou um golaço, virando marcador em Pituaçu.

O Atlético tentou responder aos 40 minutos, após cobrança de falta na área do Bahia, que Júnior Alonso desviou para o gol, cara cara com Douglas, que salvou o Bahia.

Já em ritmo lento e mais exposto na defesa, o Atlético cedeu espaços para o Bahia. 

Aos 43 minutos, após contra-ataque em velocidade, Gilberto foi lançado, invadiu a área e só tocou no canto, na saída do goleiro Everson, praticamente decretando o resultado final do jogo. 

Com resultado encaminhado, bastou ao Bahia controlar o jogo nos minutos finais e trocar passes entre a defesa e o ataque, apenas para cansar o time do Atlético. Sem maiores novidades no jogo, o confronto terminou com o triunfo Tricolor. Mantendo o tabu do Galo de não conseguir vencer os baianos em Salvador. Agora já são 18 anos.

Análise do Bahia na partida

Inofensivo na primeira etapa, o Bahia praticamente viu o Atlético atuar em ritmo de treino. Com organização tática, superioridade técnica e número de finalizações em todo confronto, o Galo mandou na partida desde os minutos iniciais, apesar do ritmo mais lento no meio da segunda etapa.  O time de Sampaoli acuou o Bahia no campo de ataque e se manteve constantemente jogando de maneira ofensiva, podendo até ter construído um resultado maior no jogo.

Apesar de atuar em ritmo menor ao longo da segunda etapa, o Atlético seguia superior no jogo. Parecia até que tinha o jogo sob controle, mas apenas parecia. O Bahia passou a ter mais espaços na defesa dos mineiros. O gol de empate evidenciou que o sistema defensivo do Galo poderia cometer falhas providenciais, e até decisivas, foi o que aconteceu.

Se aproveitando da fragilidade do Atlético na recomposição defensiva, o Bahia se criou no jogo nos minutos finais, e merecidamente saiu com o triunfo. Detalhe: o time vinha sendo engolido no número de finalizações pela equipe de Sampaoli. Bastaram três boas chances para aproveitar e conseguir um resultado gigante na luta contra o Z-4.


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