Gilmar Mendes é alvo de queixa-crime

O advogado Luis Carlos Crema entrou com uma queixa-crime contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Crema, que advoga no Distrito Federal, alega em seu pedido que o ministro do STF cometeu diversos crimes, como associação criminosa, corrupção passiva, esquema criminoso em campanhas eleitorais municipais, fraude processual, abuso de autoridade, entre outros. 

A queixa-crime de Crema relata cerca de oito delitos, cada um com diversos crimes supostamente cometidos por Mendes. O pedido do advogado é pela prisão preventiva do ministro. 

“É fato notório e público que as condutas de Gilmar Ferreira Mendes, funcionário público, no exercício das funções de ministro do Supremo Tribunal Federal, além de incompatíveis com a moralidade exigida, extrapolaram o território da liberdade de pensar do magistrado, passando a habitar o mundo do crime”, considera o advogado no requerimento. 

Gilmar Mendes tem sido considerado pela população, em geral, como um ministro que atua contra os desejos do povo e contra o país. Decisões polêmicas, como a soltura de empresários ligados à corrupção ou a consideração de que tráfico de drogas para manter o vício próprio não deve ser considerado tráfico (leia matéria sobre o assunto no Farol da Bahia) tem causado revolta a ponto do ministro ter se tornado alvo de uma manifestação pública, marcada para domingo (17), que pede seu impeachment.

No documento, endereçado ao presidente do STF, Dias Toffoli, Crema ainda reforça o pedido de prisão preventiva de Mendes pelo fato que de os tais atos ilícitos, apresentados na queixa-crime, “estão sempre mascarados por premissas notoriamente artificiais e inverídicas, sempre com o ardil de camuflar os afrontes à ordem pública”.