Governo Central tem superávit de R$ 19 bilhões em julho, diz Tesouro
Este é o maior resultado para o mês desde o início da série histórica

Foto: Agência Brasil
Dados do Tesouro Nacional, divulgados nesta terça-feira (30), mostram que o aumento da arrecadação, o pagamento de dividendos recordes da Petrobras e o adiamento de precatórios ajudaram as contas públicas em julho. No mês passado, o Governo Central (composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário de R$ 19,308 bilhões.
De acordo com a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado positivo de apenas R$ 474 milhões em julho. Esta foi a quarta vez no ano em que o Governo Central registrou superávit primário. Com o resultado de julho, o Governo Central fechou os sete primeiros meses do ano com resultado positivo de R$ 73,088 bilhões.
Esse, portanto, é o melhor resultado para o período desde o início da série histórica. O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar do superávit acumulado no ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipula meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para este ano.
Arrecadação
O superávit de julho pode ser explicado pelo crescimento das receitas. No mês passado, as receitas líquidas cresceram 17% em relação a julho do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o crescimento atingiu 6,3%.
O crescimento da receita líquida também pode ser explicada pelo recebimento de R$ 6,9 bilhões da Petrobras. A alta do petróleo no mercado internacional fez as receitas com royalties crescerem R$ 2,509 bilhões (+14,4%) acima da inflação no mês passado na comparação com julho de 2021. Atualmente, a cotação do barril internacional está em torno de US$ 100 por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.


