Governo cogita aumento na conta de energia elétrica a partir do ano que vem
Setor de energia se mobilizou contra a medida provisória; entenda

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
O setor de energia se mobilizou para se posicionar contra a medida provisória que prorrogaria subsídios e criaria custos adicionais para a conta de luz, elevando o custo para famílias e empresas.
Ao que tudo indica, os itens que serão incluídos ainda estão em discussão. No entanto, o setor de energia já se mostra preocupado com a situação.
Uma estimativa preliminar da Abrace aponta que a aprovação levaria a um adicional de R$ 6 bilhões ao ano dentro da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que reúne subsídios do setor e são pagos na conta de luz.
Na terça-feira (21), a Frente Nacional dos Consumidores de Energia, a Abrace Energia e a União Brasil Energia, entidades que representam pequenos e grandes consumidores, incluindo as maiores indústrias do Brasil, enviaram cartas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin solicitando que não assinem a medida provisória.
“Nós confiamos que todas as medidas seriam discutidas com transparência com o setor e estamos surpresos com o procedimento adotado. Nossa carta é para pedir ao presidente Lula que escute quem paga essa conta”, diz Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente.
“Ainda não sabemos se e como a MP vai sair, mas a prorrogação de subsídios vai na contramão do interesse do consumidor e da modernização do setor elétrico”, afirmou Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.
Até o momento, no entanto, a Casa Civil e o Ministério de Minas e Energia não se posicionaram sobre o assunto.