Governo decide não enviar reforma administrativa ao Congresso

Líder do governo, porém, garante que texto será enviado

Por Da Redação
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Governo decide não enviar reforma administrativa ao Congresso

Foto: Jefferson Rudy/ Agencia Senado

O governo recuou a ideia de enviar ao parlamento a reforma administrativa prometida desde o ano passado. O motivo se dá, em parte, pela falta de interesse dos parlamentares, que preferem evitar mais um tema impopular depois do desgaste com a reforma da Previdência. Outro motivo que impactou foram os ataques do ministro da Economia, Paulo Guedes, aos funcionários públicos, o que pode resultar em novo adiamento no envio da proposta. 

No entanto, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), negou a possibilidade de recuo e reafirmou, na terça-feira (11), que ainda há intenção de levar o assunto ao parlamento. Segundo ele, a equipe econômica até cogitou a possibilidade de que as diretrizes fossem incluídas em alguma proposta de emenda à Constituição (PEC), já em andamento no Congresso, para acelerar a tramitação, mas a ideia acabou descartada.

Apesar de Bezerra reafirmar que o governo vai continuar com a proposta, ele não definiu uma data de envio do texto. De acordo com ele, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) precisa ser encaminhada em duas semanas para que tenha condições de ser aprovada até julho, antes do recesso parlamentar. Depois, a probabilidade de avançar é ainda menor, com as eleições de outubro. “A minha expectativa é de que chegue na próxima semana”, afirmou o líder do governo no Senado.

Maia alerta o Planalto
O Palácio do Planalto foi devidamente alertado de que a única forma de o Congresso Nacional analisar e votar uma reforma administrativa será pelo envio do texto pelo Executivo. O recado foi dado pelo próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para integrantes do governo depois que o Planalto ensaiou desistir de enviar a reforma administrativa.

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