Governo deve cortar mais gastos para manter salário mínimo de R$ 1.100
Valor a ser pago será suficiente para repor inflação do ano

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Desde 1º de janeiro o salário mínimo passou a ser R$ 1.100, o que equivale a um reajuste de 5,3% sobre os R$ 1.045 de 2020, suficiente para repor a inflação do ano. Para o governo, essa é uma conta extremamente grande e como resultado terá que ser obrigado a cortar mais gastos em 2020 para que novas despesas caibam na mesma verba orçamentária disponível para o ano. Caso isso não ocorra, o governo corre o risco de descumprir a regra do teto de gastos.
Entre os cortes de última hora estão os investimentos em infraestrutura e de manutenção de serviços públicos básicos. É o chamado de "shutdown" pelos economistas, que quer dizer um apagão total da máquina pública.
O piso salarial está na base dos maiores gastos do governo, isto inclui Previdência, salários de servidores e benefícios sociais que juntos representam quase 70% de todo Orçamento, e de acordo com o Ministério da Economia, para cada R$ 1 a mais no salário mínimo, os gastos totais equivalem a R$ 315,4 milhões. Com R$ 12 a mais sobre o piso inicial projetado (de 1.088), a alta pode chegar perto dos R$ 4 bilhões.