Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento

O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1°) após o Congresso não aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Nas próximas horas, vários serviços públicos devem ser suspensos.

A paralisação, conhecida como "shutdown", é a 15° desde 1981. No centro do impasse está a saúde. Democratas afirmaram que só aprovará o orçamento se os programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados.

Milhares de servidores públicos serão colocados em licença enquanto o governo estiver impedido de gastar. Os outros que trabalham com serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Os republicanos de Donald Trump defendem que a saúde e o financiamento federal sejam tratados separadamente.

A Casa Branca confirmou a paralisação pelas redes sociais e chamou de "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. Trump fez ameaças, afirmando que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar e encerrar programas ligados aos democratas.

A atitude de Trump fez com que a crise ganhasse novos contornos. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo.

Na noite desta terça-feira (30), os senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários.

A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, no primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. O presidente recuou 35 dias depois. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões.