Governo Lula deve incluir R$ 23 bilhões extras na Saúde em 2023

Equipe do presidente eleito aponta para necessidade de recomposição orçamentária

Por Da Redação
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Governo Lula deve incluir R$ 23 bilhões extras na Saúde em 2023

Foto: Agência Brasil

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que para dar seguimento aos compromissos da saúde firmados durante a campanha será necessário a recomposição orçamentária de R$ 23 bilhões para 2023. O valor será incluído na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição ou qualquer alternativa negociada com o Congresso, segundo informações da revista Exame.

O montante visa assegurar recursos para alcançar ao menos cinco metas: abastecer as farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS), retomar o programa Farmácia Popular, ampliar a cobertura vacinal, realizar mutirões para atender à demanda reprimida por exames, consultas e cirurgias, além de implementar um sistema de saúde digital, com ampliação da telemedicina.

A recomposição orçamentária tem ainda o objetivo de corrigir o corte proposto pela gestão Jair Bolsonaro (PL) no orçamento da saúde para 2023. A redução de R$ 22,7 bilhões em relação à verba deste ano foi alvo de denúncia do Conselho Nacional de Saúde a organismos internacionais sob a alegação de que atingiria a oferta de medicamentos, ações de prevenção e controle de doenças.

"Temos de assegurar recursos para comprar de dipirona a medicamentos para a aids, que estão em falta nas farmácias do SUS de todo o País", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), um dos responsáveis pela elaboração do programa de Lula na área.

Mais médicos

Embora ainda não esteja detalhado, o governo Lula tem planos de retomar o programa Mais Médicos. Desta vez, porém, não há intenção de trazer médicos cubanos. Em entrevista ao Exame, Margareth Dalcolmo, membro da Academia Nacional de Medicina, afirmou que o ideal seria a realização, logo no início do mandato, de um concurso público emergencial. 

"Um concurso que ofereça bons salários, ajuda de custo para moradia e um plano de carreira para fixar médicos, com questões contratuais que condicione esse plano à permanência deles nesses locais por um período predeterminado", afirmou.
 

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