Governo pede que supermercados e produtores expliquem alta dos alimentos

Abras e as associações de produtores terão cinco dias para explicar

Por Da Redação
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Governo pede que supermercados e produtores expliquem alta dos alimentos

Foto: Agência Brasil

A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, pediu nesta quarta-feira (9), que representantes de supermercados e produtores de alimentos expliquem o aumento no preço dos alimentos da cesta básica. De acordo com a pasta, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e as associações de produtores terão cinco dias para explicar a alta nos preços, principalmente do arroz.

Após as explicações, a pasta vai apurar se houve abuso de preço e/ou infração aos direitos dos consumidores. Uma eventual multa pode ultrapassar os R$ 10 milhões. "O aumento de valores foi notado especialmente em relação ao arroz que, apesar dos positivos volumes produtivos da última safra, sofreu diminuição da oferta no contexto global, o que ocasionou elevação no preço", diz o governo.

Além da notificação, a secretaria também vai debater com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ministério da Economia as medidas para reduzir o aumento nos preços dos alimentos.

Inflação

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta (9), o preço dos alimentos que compõem a cesta básica foi destaque para a alta de 0,24% da inflação oficial do país em agosto. Com isso, o  Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) subiu 2,44% em 12 meses, enquanto a inflação dos alimentos subiu 8,83% no período.

Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, essa alta não tem apenas um alimento responsável porque a maioria está com preços recordes no campo. Porém, dois chamaram a atenção nos últimos dias: o arroz, com valorização de 19,2% no ano, e o óleo de soja, que subiu 18,6% no período.

“O arroz acumula alta de 19,25% no ano, e o feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano, e o feijão carioca, de 12,12%”, disse o gerente da pesquisa.

Em nota divulgada na última quinta-feira (3), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), disse que o setor tem sofrido forte pressão de aumento nos preços, de forma generalizada, repassados pelas indústrias e fornecedores. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), disse que a pandemia fez os brasileiros comprarem mais alimentos.
 

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