Governo pede suspensão da exibição do filme "Lindinhas" no Brasil

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos alega pornografia infantil

Por Juliana Dias
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Governo pede suspensão da exibição do filme "Lindinhas" no Brasil

Foto: Divulgação

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pediu nesta segunda-feira (21) a suspensão da exibição do filme “Lindinhas” pela Netflix no Brasil, alegando pornografia infantil. O pedido, encaminhado à Coordenação da Comissão Permanente da Infância e Juventude, pede além da suspensão, a apuração da responsabilidade pela oferta e distribuição da obra.  “Em momento no qual as representações nacionais e internacionais de proteção à infância e adolescência se unem para o enfrentamento à pedofilia e à sexualização precoce de crianças e adolescentes, não há como deixar de repudiar o longa-metragem. Isso porque, além de conduta criminosa (à luz do ordenamento jurídico brasileiro), há evidente retroalimentação da lascívia de pessoas que se sentem atraídas sexualmente por crianças e adolescentes, além do claro abastecimento da indústria de pornografia infantil”, registrou o secretário Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente,  Maurício Cunha, que assinou o documento.

A ministra Damares Alves já havia criticado o filme. “Crianças e adolescentes são o bem mais precioso da nação e o mais vulnerável. É interesse de todos nós botarmos freio em conteúdos que coloquem as crianças em risco ou as exponham à erotização precoce. O governo do presidente Jair Bolsonaro não vai ficar parado nessa luta. Vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis. A nossa luta é para direitos humanos para todas as crianças do Brasil”, afirmou.

O filme "Lindinhas" (Mignonnes) tem causado polêmica desde o lançamento, por trazer como no enredo meninas de 11 anos que apresentam comportamentos hipersexualizados com base, principalmente, em conteúdos disponíveis na internet. A diretora da obra, Maïmouna Doucouré, disse em entrevistas que o filme traz uma crítica à sexualização de crianças em nome de uma suposta liberdade, ainda mostra a pressão das redes sociais na juventude.

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