Governo russo admite erros na convocação de reservistas para lutar na Ucrânia
Órgão afirmou que ainda não há decisão para fechar as fronteiras externas do país.

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O governo russo admitiu nesta segunda-feira (26) que houve erros no processo de convocação de reservistas para lutar na guerra da Ucrânia, e afirmou que ainda não há decisão para fechar as fronteiras externas do país.
"Esperamos que todos os erros sejam corrigidos. Há casos em que o decreto foi violado. Em algumas regiões os governadores estão trabalhando ativamente para corrigir a situação", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante entrevista coletiva.
Apesar dos rumores sobre o fechamento das fronteiras para impedir que os reservistas fujam, Peskov diz que ainda não há nada oficial nesse sentido. "Não sei nada sobre isso", declarou.
O presidente Vladimir Putin anunciou, na última quarta-feira (21), a mobilização de 300 mil homens após uma série de derrotas recentes. Segundo o Ministério da Defesa, um total de 25 milhões de russos podem ser convocados para se juntarem ao exército no leste e sul da Ucrânia.
Esta é a primeira mobilização russa desse porte desde a Segunda Guerra Mundial e marca uma escalada na guerra contra a Ucrânia, que chegou ao sétimo mês.
Após o pronunciamento, milhares de homens deixaram o país. Passagens de avião para destinos mais próximos se esgotaram, e filas de carros se formaram na fronteira com a Finlândia. No sábado (24), Putin assinou um decreto para punir com até 10 anos de prisão os russos que desertarem ou não comparecerem ao serviço militar.


