Governo estuda cobrar imposto para saques e depósitos em dinheiro
Cobrança faz parte da ideia do imposto sobre pagamentos

Foto: Carolina Antunes / AFP
O governo, por meio da proposta da Reforma Tributária, tem a intenção de taxar saques e depósitos em dinheiro com uma alíquota inicial de 0,4%. A cobrança faz parte da ideia do imposto sobre pagamentos, que está sendo comparado à antiga CPMF, defendida por Paulo Guedes. Para pagamentos no débito e no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para cada um dos lados da operação, pagador e recebedor).
A tendência é que as duas taxam cresçam após a criação, já que a ideia do governo é utilizar o novo imposto para substituir, de forma gradual, a tributação sobre salários, considerada pela equipe econômica como nociva para a geração de empregos no Brasil.
O secretário especial adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, defendeu o novo tributo nesta terça-feira (10) no Fórum Nacional Tributário, em Brasília. Ele retificou que substituiria tanto a tributação sobre a folha como o IOF.
Apesar do governo contestar a comparação com a antiga CPMF, ele mesmo defendeu o novo imposto apresentando um gráfico que mostra o histórico estável das alíquotas de CPMF ao longo dos anos que vigorou, representando algo previsível para o novo imposto.
Sousa Silva disse, que após a substituição da tributação sobre folha de pagamento pelo novo imposto, a seguridade social terminaria sendo bancada por toda sociedade. O secretário ainda afirmou que a reforma irá propor benefícios, tais como ampliação da faixa de isenções e reembolso de impostos à baixa renda, e complementou dizendo que as propostas de alteração no imposto de renda devem ser finalizadas pela equipe econômica ainda nesta semana. Sendo que a reforma tributária deve começar com união apenas de PIS e Cofins, que se transformariam em Contribuição sobre Bens e Serviços. A alíquota proposta será de 11%.