GPS de avião com presidente da União Europeia é bloqueado com suposta interferência da Rússia
O pouso da aeronave foi realizado com auxílio de mapa de papel

Foto: Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Créditos: Dati Brendo / Wikimedia Commons
O GPS do avião que transportava Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, foi bloqueado com suspeita de interferência da Rússia. Segundo informações do jornal Financial Time e Sky News, a aeronave, que tinha como destino a cidade de Plovdiv, na Bulgária, circulou durante uma hora antes de realizar o pouso com auxílio de mapas de papel.
Os serviços de navegação teriam sido desativados em um aeroporto do mesmo país.
Para a Sky News, um porta-voz da União Europeia disse que o avião posou em segurança, mas que autoridades búlgaras suspeitavam da interferência russa.
'Recebemos informações das autoridades búlgaras de que elas suspeitam que essa interferência flagrante foi realizada pela Rússia. Estamos bem cientes de que ameaças e intimidações são um componente regular das ações hostis da Rússia. Isso reforçará ainda mais nosso compromisso inabalável de aumentar nossas capacidades de defesa e apoio à Ucrânia', disse.
A fonte ainda completou dizendo que o fato demonstra a urgência da viagem da presidente à “estados-membros da linha de frente, onde ela viu em primeira mão as ameaças diárias da Rússia e seus representantes”.
Após o fato, Anna-Kaisa Itkonen, porta voz dos transportes da União Europeia, afirmou que interferências têm sido observadas na parte leste da Europa e que Estados-membros chegaram a alerta a comissão sobre o fato de atividades desse tipo serem quase diárias.
'De modo geral, temos observado muitas atividades de interferência e falsificação desse tipo, principalmente no flanco oriental da Europa. A Europa é a região mais preocupada ou mais afetada globalmente com isso. Houve uma carta enviada por 13 Estados-membros à Comissão em junho deste ano, e eles chamaram nossa atenção adicionalmente para esta questão, que é algo que está se tornando uma prática quase diária', afirmou.
Dimitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin, pontuou que as alegações de envolvimento russo são “incorretas”.