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Grande maioria dos países ainda não criou novas metas contra mudança climática, diz COP30

As NDCs são um dos principais instrumentos para tentar cumprir com as metas do Acordo de Paris

Por FolhaPress
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Grande maioria dos países ainda não criou novas metas contra mudança climática, diz COP30

Foto: Imagem ilustrativa | Pexels

A presidência brasileira da COP30, a conferência de clima da ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou que apenas cerca de 20% dos países signatários do Acordo de Paris apresentaram suas novas metas de combate às mudanças climáticas, as chamadas NDCs, sigla em inglês para contribuição nacionalmente determinada.

Na sua sexta carta como presidente da conferência, o embaixador André Correa do Lago cobrou maior empenho das nações para frear os efeitos do aquecimento global.

"Ao cruzarmos a marca dos cem dias antes da COP30, cerca de quatro quintos (4/5) dos membros do Acordo de Paris ainda não apresentaram novas NDCs para 2035", afirmou, na sexta carta publicada para a comunidade internacional, nesta terça-feira (19).

"As NDCs são demonstrações do compromisso dos governos com os seus povos", completou.

As NDCs são um dos principais instrumentos para tentar cumprir com as metas do Acordo de Paris, documento assinado por 194 países e a União Europeia, que se comprometem a implementar medidas para evitar que o mundo alcance a marca de 1,5°C acima da temperatura global no período pré-industrial.

Este patamar é tido por cientistas como essencial para evitar que a Terra ultrapasse um nível que pode impedir a sobrevivência humana.

Pelo acordado entre os países, as NDCs devem ser atualizadas periodicamente. De acordo com o calendário combinado inicialmente, todas as partes deveriam ter publicado até o início de fevereiro suas novas metas a serem atingidas nos próximos dez anos.

Na ocasião, porém, apenas 13 países o fizeram. O Brasil foi um deles, se comprometendo a cortar as emissões de gases de efeito estufa de 59% a 67% em 2035, na comparação aos níveis de 2005.

Mas partes importantes, como União Europeia, China e Estados Unidos, que são alguns dos maiores emissores de gás carbônico do mundo, jamais o fizeram.

Os EUA, inclusive, desde a volta de Donald Trump ao poder, se retiraram do Acordo de Paris. A COP em Belém será a última com participação americana.

Na carta, Corrêa do Lago pede que os países apresentem suas NDCs até a Assembleia Geral da ONU, prevista para setembro, onde ele espera poder debater o tema entre diplomatas.

A UNFCCC, o braço climático da ONU, tem até outubro para apresentar o que se chama de relatório-síntese dessas metas, compilado analítico do comprometimento de todos os países com a redução da emissão de gases —e uma avaliação de quanto o mundo avançou, ou não, no objetivo de evitar o aquecimento global de 1,5°C.

"Nenhuma ação é demonstração mais forte de compromisso com o multilateralismo e com o regime climático do que as NDCs que nossos países apresentam como determinação nacional de contribuir para o Acordo de Paris", completou.

Na carta, o embaixador também afirma que passará a realizar sessões virtuais periódicas com os países-membros da COP para debater temas climáticos, como forma de pavimentar os debates para a cúpula.

Ele lembrou que reuniões presenciais com todos os países estão previstas para acontecer em setembro, em Nova York, e em outubro, em Brasília, e pediu que os países mobilizem diplomatas para comparecer aos eventos.

A COP30 ocorrerá em novembro em Belém. Como revelou a Folha de S.Paulo, dezenas de países enviaram uma carta ao governo Lula (PT) e à UNFCCC pressionando para que a cúpula acontecesse em outra cidade.

A crise se dá em razão do alto preço das hospedagens na capital paraense. Os hotéis se recusam a dar explicações ao governo, que por sua vez afirma que irá manter a reunião na cidade.

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