Grupo de países europeus deixará, temporariamente, de deportar imigrantes afegãos ilegais
Apelo é devido à insegurança causada pelo retorno dos talibãs ao poder no país asiático

Foto: Reprodução/ Getty images
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), um grupo de países europeus aceitou interromper temporariamente todas as deportações de cidadãos afegãos, cujos pedidos de asilo tinham sido negados.
O órgão, que fez o pedido na segunda-feira (16) em meio a temores depois da tomada de Cabul pelo Talibã, indicou que o sentimento é de alívio com a decisão tomada por Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Suécia, Suíça, Dinamarca, Irlanda, Holanda e Noruega.
O apelo da Acnur para que as deportações fossem interrompidas é por causa da insegurança causada pelo retorno dos talibãs ao poder. “Tememos, em particular, pelas mulheres e crianças, e por aqueles que são identificados como colaboradores de governos anteriores, de organizações internacionais ou de forças militares de outros países”.
De acordo com o Acnur, desde o início deste ano, mais de 550 mil cidadãos do país asiático sofreram deslocamento forçado, por causa do conflito e da insegurança que a maioria sente dentro das fronteiras do país.
Extremistas tomaram a maior parte da capital Cabul e o Palácio Presidencial neste domingo (15), e o presidente Ashraf Ghani deixou o Afeganistão. E embora as lideranças talibãs tenham assegurado que as mulheres conseguirão manter seu direito de trabalhar e ir à escola sob seu novo comando, muitos duvidam das declarações.