Haddad defende corte de ao menos R$ 15 bi nos gastos tributários e aumento do IOF para fechar as contas
O ministro também falou em “voltar e conversar” com o Congresso para alcançar meta fiscal

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende um corte de pelo menos R$ 15 bilhões nos gastos tributários e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para fechar as contas do governo de 2025 e 2026. A declaração aconteceu em entrevista ao Valor Econômico.
Ainda segundo o ministro, originalmente, o governo queria cortar R$ 40 bilhões e abarcar todos os incentivos fiscais. No entanto, na reunião com a cúpula do Congresso no último dia 8 ficou claro que não haveria condições de avançar com essa proposta.
Haddad também defende “voltar e conversar” com o Congresso para realizar os ajustes necessários no Orçamento e alcançar a meta fiscal do país.
“Nós encaminhamos, em seis meses, dez medidas. Só foram duas aprovadas. Só foi a política de valorização do salário-mínimo que foi revista. A questão do abono constitucional foi revista. Outras oito não foram apreciadas ainda pelo Congresso”, comentou Haddad, que diz aguardar a "sensibilidade do Congresso, do que ele está disposto a encarar do ponto de vista do debate público".
Ainda assim, o ministro nega a perspectiva de que o Legislativo esteja fechado para o diálogo e que aguarda o momento para “sentarmos e discutirmos quais são as condições políticas para nós avançarmos. O Executivo está aberto. A área econômica vai participar do debate.”