História sem ponto cego

Por Editorial
Ás

História sem ponto cego

Foto: Reprodução

O ponto cego na tentativa de entender processos históricos é a catástrofe de quem se torna devoto de apenas um lado. É como no jornalismo, onde a apuração de fatos conduz ao esclarecimento, enquanto se prender a falatórios, boatos ou fontes más intencionadas leva, por certo, ao descarte.

A História, como disciplina científica, demanda leituras de diferentes correntes de pensamento, contrapor teorias e o esforço em analisar quais autores ou qual narrativa estão mais próximas ao tipo de construção de realidade de que se pretende defender.

A verdade absoluta ou a não checagem de fatos, por subverterem tais procedimentos, são nada mais do que imposições e uma história parcial, incompleta. No campo político, fica fácil identificar esta conduta como militância, opinião partidária, que buscam apenas os próprios interesses, mesmo que, para isso, seja necessário rasgar a História.

O lado certo da história é aquela que pondera e, livre de amarras ideológicas, vislumbra as possibilidades, verdades e mentiras em cada discurso, para então, por si mesmo, construir um entendimento sensato.

Com a quantidade de fake news alastradas pelas redes sociais, com intuitos maldosos de minar a história e o futuro do Brasil, além do perigosíssimo discurso de pós-verdade proferido e martelado tanto por autoridades, quanto pessoas influentes na sociedade é preciso respirar, desacelerar, refletir e ter cuidado antes de tomar uma posição.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário