Hospital Couto Maia tem queda de 30% em internação de idosos acima de 80 anos com Covid-19

Em toda Bahia, vacinação tem reduzido quantidade de pacientes idosos em UTIs

Por Da Redação
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Hospital Couto Maia tem queda de 30% em internação de idosos acima de 80 anos com Covid-19

Foto: Reprodução

Um levantamento interno realizado no Hospital Instituto Couto Mais (Icom) até 17 de março de 2021 mostra que houve redução de 30% na quantidade de internados com 80 anos ou mais. Ceuci Nunes, diretora da unidade de saúde, afirmou ao jornal Correio que “de 70 para cima ainda não percebemos redução, mas também porque ainda não temos os dados de abril”, disse.  

O secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas informou, através do Twitter, que em toda a Bahia, já são observados sinais como esse. 

“Há uma queda sustentada do número de solicitações de internamento de idosos acima de 70 anos, fruto da vacinação”, disse. 

Nas últimas quatro semanas, a quantidade de idosos com mais de 80 anos em leitos de UTI caiu 42%, de 62 internações por 100 mil habitantes para apenas 36. Já nos idosos de 70 a 79 anos, a redução é de 20%: de 49 internações por 100 mil habitantes para 39.

Vacinação

De acordo com Ceuci Nunes, é possível inferir a contribuição da vacinação, mas não apenas isso. “Está parecendo que há uma tendência de mais internação de jovens e adultos, um público que está se expondo mais à contaminação”, diz. Até às 18h dessa segunda-feira (19), 641 mil baianos já haviam tomado as duas doses da vacina contra a covid. Ceuci lembra que a pessoa só é considerada imunizada após o vigésimo dia de segunda dose tomada.  

“Não tem como ter uma redução de internação maior da que houve, pois a vacina tem duas doses. Quem tomou a de Oxford, cujo prazo é mais longo, de até 90 dias, ainda pode estar esperando a segunda aplicação”, diz. 

Dados 

A Bahia já ultrapassou a marca de 2 milhões de pessoas que tomaram a primeira dose da vacina, o que representa cerca de 13,8% da população do estado. Desses, 1,6 milhão dos vacinados são idosos com mais de 60 anos. Para Vilas-Boas, isso é fruto do planejamento público na aquisição de insumos, do esforço logístico na distribuição e do empenho dos municípios em imunizar rapidamente a população. 

“Em dezembro do ano passado adquirimos 19,8 milhões de seringas e agulhas e já no mês seguinte tínhamos disponíveis 10 milhões para iniciar a imunização, só aguardando a chegada das vacinas. Essa era uma realidade completamente diferente dos outros estados, que não se planejaram adequadamente e não tinham estoque”, afirma Vilas-Boas. 

Para acelerar ainda mais a vacinação, o estado adquiriu 9,7 milhões de doses da Sputnik V, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não emitiu autorização para importação da vacina russa.
 

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