Hugo Motta afirma ter proibido comissões pela falta de pluralidade
Presidente da Câmara determinou que as votações só aconteçam depois do recesso

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) expôs à CNN, as razões para o cancelamento da realização de comissões na Casa até o dia 1º de agosto.
Para Motta, equivale a uma medida para assegurar a pluralidade de representação durante as reuniões, já que neste momento, somente parlamentares de direita decidiram cancelar o recesso informal dos deputados, enquanto os outros seguirão em período de descanso.
“A Câmara é a casa do povo e é importante que todo mecanismo legislativo possa contar com a participação ampla e extremamente democrática dos seus pares”, disse Hugo Motta à CNN.
Motta ainda prosseguiu: “Convocar comissão em pleno recesso, previamente acordado e informado, restringe a participação dos demais componentes das referidas comissões.”
Para o Presidente da Câmara, "é razoável" esperar o retorno dos trabalhos da Câmara, no mês de agosto, “para que os debates e diálogos sigam de maneira democrática representando, dessa forma, o povo brasileiro e toda a sua heterogeneidade de ideias”.
Depois da operação da Polícia Federal (PF) na semana passada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares do PL na Câmara decidiram pelo cancelamento do período de descanso e tentaram convocar votações nas comissões de Relações Exteriores e de Segurança Pública, que estão sob presidência dos deputados do partido.
Na manhã desta terça-feira (22), Hugo Motta ainda publicou a decisão que "veda a realização de reunião de comissões no período de 22 de julho a 1º de agosto de 2025. Ou seja, as deliberações só poderão acontecer depois do encerramento do recesso informal dos deputados.