Hugo Motta não permitirá que Eduardo Bolsonaro siga com mandato à distância

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não cogita a possibilidade de permitir que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continue com o mandato a partir dos Estados Unidos, onde reside desde março. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.

“Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância pelo nosso regimento. Isso seria uma excepcionalidade, o que não se justifica para o momento”, disse Motta.

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Para o presidente da Câmara, Eduardo fez uma "escolha política" ao ir morar nos Estados Unidos para buscar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Motta disse ainda que, embora não concorde com alguns movimentos feitos pelo filho 03 de Bolsonaro, respeita a sua atuação.

A licença de Eduardo Bolsonaro encerrou no último dia 20 e, desde então, faltas começaram a ser contabilizadas, uma vez que o deputado permanece fora do país e não faz sinais de que irá retornar.

Conforme o artigo 55, inciso III, da Constituição Federal, perderá o mandato o deputado que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a um terço das sessões ordinárias, salvo licença ou missão autorizada.

Articulação para secretaria

Aliados do deputado federal (PL-SP) teriam articulado a sua nomeação em uma secretaria estadual como alternativa para mantê-lo no mandato mesmo morando nos Estados Unidos. O grupo pensa em emplacá-lo em estado com governos aliados, como o de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, ou o de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo.

Ao jornal O Globo, articuladores próximos aos governadores disseram que há uma avaliação de que pode haver disposição para a acomodação de Eduardo em alguma secretaria estadual, mas que as conversas ainda estavam em estágio inicial.