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Ibama faz acordo com Belo Monte sobre água que será liberada nesta semana

Vazão de água deve incluir novas determinações a serem cumpridas pela Norte Energia

Por Da Redação
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Ibama faz acordo com Belo Monte sobre água que será liberada nesta semana

Foto: Reprodução/ Norte Energia

O Ibama está prestes a fechar um novo acordo sobre o volume de água que deve ser liberado pela barragem da hidrelétrica de Belo Monte, em operação no Pará, nesta segunda-feira (8). Essa partilha de água da usina deve incluir novas determinações e medidas de compensação ambiental que terão de ser cumpridas pela concessionária Norte Energia.

Ontem (7) o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, emitiu um ofício sobre o assunto, onde menciona a negociação sobre sobre o acordo e afirma que a atual liberação de água é de 10.900 metros cúbicos por segundo (m³/s), seguirá até essa quarta-feira (10) e não até domingo (14), como previsto antes. 

Ele afirma que “tendo em vista tratativas entre o Ibama e a Norte Energia para a celebração de Termo de Compromisso, este Instituto decidiu manter para o período de 08 a 10 de fevereiro de 2021 a vazão média para o Trecho de Vazão Reduzida (TVR) de 10.900 m³/s”. “A qualquer momento que for firmado o Termo de Compromisso seu conteúdo deverá ser obedecido.”

Atualmente a operação da usina se baseia em duas propostas, o chamados "hidrogramas A e B", que preveem vazões em quantidades em quantidades distintas durante alguns meses. Seja o A ou B, o fato é que os dois têm causado dano ambiental extremo ao trecho de 130 quilômetros de extensão do Rio Xingu, segundo apontou relatórios feitos por especialistas do Ibama. 

Em janeiro, a Norte Energia queria liberar apenas 1.100 metros cúbicos de água por segundo para a Volta Grande. O Ministério de Minas e Energia e membros do setor elétrico alegam que, ao liberar mais água para o rio, haverá uma redução no volume de energia que estava previsto pela casa de força, e com isso comprar energia de outras fontes, que são caras e poluentes. 

O custo dessa aquisição, considerando apenas as vazões determinadas para janeiro e fevereiro, chegariam a cerca de R$ 1,3 bilhão, pelos cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O preço final deve ser dividido entre todos os consumidores na conta de luz.
 

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