IBGE aponta que indústria baiana tem a maior queda do país
Recuo de -2,1% marca o pior desempenho para o mês de maio desde 2018

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8), apontam que, em maio, a produção industrial na Bahia seguiu em queda (-2,1%) frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal. Esse foi o sexto recuo consecutivo registrado para o estado nesse comparativo e o pior desempenho para o mês de maio desde 2018, quando a queda havia sido de -13,4%.
A queda da produção industrial baiana, na passagem de abril para maio, foi a segunda mais elevada entre os 15 locais investigados pela pesquisa. Ficou acima apenas do resultado da região Nordeste como um todo (-2,8%) e empatou com o do Pará (-2,1%).
Ainda segundo o levantamento, o resultado da produção industrial no estado também é negativo em relação a maio de 2020, com queda de -17,7%. Pelo quarto mês consecutivo, o estado teve a maior retração nacional nesse comparativo, em um desempenho muito pior do que o Brasil como um todo, onde houve alta de 24%. Já na comparação com maio deste ano 12 dos 15 locais investigados pela pesquisa tiveram crescimento na produção industrial, com destaque para Amazonas (98,2%), Ceará (81,1%) e Santa Catarina (38,7%).
Segundo a pesquisa, a Bahia também segue com os piores índices do Brasil no acumulado no ano de 2021 frente ao mesmo período do ano anterior (-16,3%) e nos 12 meses encerrados em maio (-9,3%). Em ambos os indicadores, os resultados são inferiores aos apresentados pela indústria nacional (13,1% e 4,9%, respectivamente).
Derivados do petróleo
O recuo na produção industrial da Bahia na comparação com maio de 2020 (-17,7%) se deu por conta da quinta queda seguida na indústria de transformação (-19,6%). Apesar da queda geral no mês, houve retração em apenas 3 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, com destaque, mais uma vez, para a fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-70,9%).
A atividade é a que tem maior peso na estrutura do setor industrial no estado e cai há seis meses, desde dezembro de 2020, com aumento progressivo no ritmo de recuo. Além dela, também apresentaram quedas a metalurgia (-13,9%) e a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-1,0%).


