IGP-M registra queda de 0,64% em setembro, mas ainda acumula alta de 24,86% em 12 meses
Resultado da "inflação do aluguel" pode ser explicado pela queda no preço do minério de ferro

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,64% neste mês de setembro, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta quarta-feira (29). Após alta de 0,66% no mês de agosto, esta trata-se da primeira deflação desde fevereiro de 2020 e da menor taxa mensal desde agosto de 2019 (-0,67%).
O IGP-M serve de parâmetro para o reajuste de preços de aluguel em contratos de locação residenciais. O índice acompanha a variação de preços ao consumidor, o custo de produtos primários, matérias-primas e dos insumos da construção civil.
Com o resultado deste mês, a "inflação do aluguel", como é conhecido o índice, acumula alta de 16% no ano e 24,86% no balanço dos últimos 12 meses.
O que explica essa deflação é explicada principalmente pelo recuo no preço do minério de ferro. O Coordenador dos Índices de Preços, André Braz, explica que "a queda de 21,74% registrada no preço desta commodity foi a principal contribuição para o resultado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro”, diz Braz.
Desde o ano passado (2020), o índice tem registrado alta bem acima da inflação oficial do país. Em agosto desse ano, o IGP-M acumulava alta de 16,75% no ano e 31,12% nos últimos 12 meses. Já em setembro de 2020, a alta acumulada era de 17,94% no balanço dos últimos 12 meses.