Inadimplência aumenta pela 1ª vez em oito meses, diz CNC
O número representa uma elevação de 0,5 ponto percentual em relação a outubro

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Pela primeira vez, em oito meses, a inadimplência dos brasileiros aumentou, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O endividamento recorde e os desafios econômicos impostos aos orçamentos domésticos foram as razões para que o indicador alcançasse o maior nível desde setembro de 2020: 26,1%.
O número representa uma elevação de 0,5 ponto percentual em relação a outubro e de 0,4 na comparação anual, sendo o maior nível para meses de novembro na série histórica da análise, iniciada em janeiro de 2010. As pessoas que declararam não ter condições de pagar suas dívidas ou contas em atraso e, portanto, continuarão inadimplente permaneceu estável, registrando 10,1%, queda de 1,4 ponto na comparação com o mesmo mês de 2020.
Já o percentual de famílias que relatou ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) apresentou crescimento pelo 12º mês consecutivo, alcançando 75,6%, alta de um ponto percentual em relação a outubro e de 9,6 pontos ante novembro do ano passado.
Dívidas por mais tempo
Entre os endividados, o percentual de famílias com dívidas por mais de um ano é crescente desde o fim do primeiro trimestre e atingiu a máxima histórica de 36,2%, indicando que os consumidores estão buscando alongar os prazos de pagamento de suas dívidas para que a parcela caiba nos orçamentos e, assim, reduz o comprometimento da renda.
O levantamento aponta ainda que o prazo médio de atraso na quitação das dívidas voltou a aumentar em novembro, chegando a 61,6 dias. E, apesar da queda de 1,4 ponto percentual na comparação anual, a proporção de atrasos acima de 90 dias é a maior desde agosto deste ano, alcançando 41,6% dos inadimplentes.