O incêndio no Ninho do Urubu completa um ano e meio neste sábado (8). No momento, o Rubro-Negro ainda negocia indenizações com as famílias de Arthur Vinicius, Christian Esmério e Pablo Henrique. Há uma ação coletiva ajuizada pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em prol dos familiares dos dez mortos. Aguarda-se também a finalização do inquérito sobre o caso.

Atividades

As atividades no centro de treinamento do Flamengo ainda estão suspensas por causa da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os sobreviventes ao incêndio, como o goleiro Francisco Dyogo, o zagueiro Jhonata Ventura e o atacante Cauan Emanuel vivem a expectativa de retornar aos treinos nos próximos dias, juntamente ao elenco sub-16 do Flamengo. 

De acordo com Francisco Alves, pai do goleiro Francisco Dyogo, o filho já está se preparando para retornar ao Flamengo. "O Dyogo está muito ansioso, fala que quer voltar o mais rapidamente para o Flamengo. Ele estava treinando muito bem e, inclusive, algumas vezes com os profissionais. Está muito feliz com a maneira que tem sido valorizado", disse Francisco Alves.

Francisco Dyogo e Cauan voltaram a jogar ainda em 2019. O goleiro, que está em Fortaleza (CE),  começou a fazer atividades com um treinador de goleiros particular para conseguir manter o ritmo há cerca de um mês.

Inquérito 

O incêndio  o Ninho do Urubu também é alvo de apuração de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), que debate outras tragédias deste porte no Rio de Janeiro. Porém, o resultado ainda não foi divulgado porque o documento precisa ainda passar por algumas comissões. De acordo com informações divulgados no dia 14 de maio, após ouvir diversos dirigentes das duas últimas gestões do Rubro-Negro, a expectativa é de que o ex-presidente, Eduardo Bandeira de Mello, seja indiciado como responsável, assim como o atual mandatário, Rodolfo Landim.

O incêndio também esteve em meio a uma polêmica nos bastidores do Flamengo e troca de farpas entre dirigentes. Em abril deste ano, durante uma entrevista ao "Canal do Nicola", o ex-presidente, Eduardo Bandeira de Mello, afirmou que, caso ainda estivesse à frente do clube, a tragédia não teria acontecido.